segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

LÍDER, PORQUE ALGUÉM SEGUIRIA VOCÊ

Esta é a pergunta definitiva que o norte-americano Blaine Lee, referência mundial em gestão do desempenho humano e um dos fundadores da consultoria Franklin Covey Co., fez aos líderes quando esteve no Brasil. O conselheiro dos grandes nomes do mundo corporativo afirmou que nunca antes os líderes afetaram tanto as pessoas e os resultados das empresas, e que esse não é um processo que acontece só no Brasil, mas em todo mundo. “Hoje vivemos na era do conhecimento, na qual o capital intelectual é fundamental para o sucesso de uma empresa, a forma com que o líder se relaciona com seus subordinados pode fazer toda a diferença”, ressalta Lee, que vai além, chamando a atenção para o quanto a sua conduta como líder pode afetar os resultados da empresa.

E é por este motivo que os líderes precisam repensar a forma como exercem seu papel, afinal não é possível mais apenas mandar e esperar que as pessoas obedeçam. Para Lee, é preciso que as pessoas escolham seguir o líder por convicção, porque confiam nele. Ele afirma que os líderes precisam aprender a exercer um poder baseado em princípios, que é a capacidade de influenciar o comportamento alheio e não de controlar, mudar ou manipular. “O poder é algo que as pessoas sentem em nossa presença, em virtude da pessoa que somos e das coisas que fazemos, daquilo que representamos e de como levamos nossa vida. Quando honramos as pessoas, elas também nos honram”.

Qual o primeiro passo para tornar-se um grande líder?

O primeiro passo para ser um líder é conhecer a si mesmo (reconhecer suas vulnerabilidades) . “Essa é a chave. Saber suas vulnerabilidades, pontos fortes, em que precisa melhorar. Uma auto-análise mesmo. Só assim, ciente de si, é que a liderança está apta a assumir suas funções”, ensina Lee. Ele afirma que ser líder significa que você se preocupa o suficiente com as pessoas que resolveram te seguir, e que tornar-se um grande líder tem um preço, mas traz muitos benefícios. “A grande liderança é possível e vale a pena”, afirma.

Se o *que você pensa, sente e fala são as mesmas coisas, então você é uma pessoa íntegra e, portanto, passa confiança e credibilidade. A integridade não permite mudanças de opiniões repentinas, de acordo com circunstâncias ou conveniências. Lee afirma que os princípios que norteiam sua vida hoje determinam o mundo no qual você vive. Se você mudar os princípios que norteiam sua vida, mudará o seu mundo. “Se dê permissão para mudar a maneira como você pensa”, aconselha, lembrando que temos de pensar diferente para termos resultados diferentes. “Quando eu vejo as coisas de maneira diferente, eu vou fazer coisas de maneiras diferentes”.

Líderes ajudam as pessoas a fazer as coisas de maneira diferente e insistem no sucesso delas. “Líderes medíocres acreditam que tudo depende deles. Grandes líderes sabem que o sucesso está embutido no sistema”. Lee enfatiza que grandes líderes produzem resultados previsíveis. Tornar-se um grande líder é uma jornada e certamente requer algumas renúncias. Mas para Lee tudo isso é muito simples a partir do momento em que se encara que sacrifício é abrir mão do que você quer agora para o que você mais quer.

Comprometimento com o coração

Lee defende que o amor funciona como força-motriz nas corporações e ressalta que é por meio dele que tudo acontece. “A relação entre líder e liderado precisa de amor”. O amor deve estar presente no dia-dia dos executivos. “É fundamental que um líder tenha conexão com sua equipe, saiba o que ela pensa, gosta e desgosta. Sempre digo isso para meus clientes: não basta levar para o escritório mãos e cabeça. É necessário levar também o coração. O amor é um elemento fundamental do mundo corporativo”.

E os resultados que obtemos como líderes dependem das ferramentas que usamos e das habilidades que temos para utilizá-las. Por isso a importância de aprendermos constantemente novas habilidades e utilizarmos ferramentas de ponta. Afinal, de nada adianta termos grandes pessoas, grande foco, sem grande execução. E o líder é o responsável por isso. O que você poderia fazer com um novo estado de espírito, um novo conjunto de habilidades, e com ferramentas melhores?

Muito importante ainda é lembrar que ao líder cabe o gerenciamento de coisas e a liderança de pessoas. São as pessoas que têm o poder de escolher, e é por isso que o líder precisa aprender a liberar o potencial delas. “Liberar o potencial das pessoas desta era requer liberar o paradigma do controle”, afirma Lee. E isso envolve um trabalho que vai além do corpo: envolve a mente, o coração e o espírito. “O corpo é o nosso viver, o coração é o nosso amar, a mente é o aprender, e o espírito é o seu legado”, ensina Lee.

Para que as pessoas sigam você, acima de tudo é preciso deixar um legado. Portanto, antes de sair exigindo resultados, lembre-se de liderar o talento das pessoas sendo uma fonte de ajuda e garantindo que tenham o que precisam para que você possa mensurar os resultados delas. Mas, e os seus resultados como líder? Deixe que a equipe mensure por você. Afinal, de quem você precisa permissão para se tornar um líder eficaz? (transcrito de Alessandra Assad)

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